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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PARA LEMBRAR DAS LEITURAS DA UFPA


AMOR DE PERDIÇÃO
Simão Botelho e Teresa de Albuquerque pertecem a famílias distintas, que se odeiam. Moradores de casas vizinhas, em Viseu, acabam por se apaixonar e manter um namoro silencioso através das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem de tudo para combater a união amorosa. Tadeu de Albuquerque (o pai de Teresa), após recorrentes tentativas de casar sua filha a um primo acaba por interná-la num convento. Após luta travada com os criados do primo de Teresa, Simão Botelho permanece na casa de um ferreiro devedor de favores ao seu pai. A filha do ferreiro, Mariana, acaba também por se apaixonar por Simão, constituindo um triângulo amoroso. Teresa e Simão mantêm contacto por cartas. Este, numa tentativa de resgatar Teresa do convento, acaba por balear o primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à forca. Mais tarde, as influências de seu pai, antigo corregedor, irão mudar a pena para dez anos de degredo na Índia. Ao embarcar, vê Teresa, que morre tuberculosa. Nove dias depois, doente, Simão acaba por morrer também, e no momento em que vão lançar o corpo ao mar, Mariana, filha do ferreiro, lança-se ao mar

CINCO MINUTOS
A obra é escrita na forma de carta a uma prima do autor, D..., relatando seu amor por uma jovem, Carlota, nome o qual só é revelado nos últimos capítulos do livro.
Inicia-se a história, no Rio de Janeiro, quando o narrador perde o ônibus por um atraso de cinco minutos e é obrigado a pegar o próximo. Senta-se ao lado de uma mulher. Apaixona-se por ela, mas não vê seu rosto e teme que a mulher seja feia; ela parte pedindo que não a esqueça, mas ele a perde. Depois de um mês tentando descobrir quem é a amada, a encontra numa ópera (La Traviata, deGiuseppe Verdi), declara-se mas ela foge deixando um lenço cheio de lágrimas.
Depois de outros desencontros, finalmente o narrador conhece a mulher e declara-se. Por carta, ela revela que já o observava nos bailes, amava-o há tempos mas não podiam ficar juntos porque ela tinha uma doença incurável. Nesta mesma carta diz: Parti hoje para Petrópolis, sem previnir-te, e coloquei entre nós o espaço de vinte e quatro horas e uma distância de muitas léguas. No dia seguinte ela partiria para Europa junto de sua mãe. Ela pede ao narrador para que, com tranqüilidade, fosse até ela, se quisesse viver esse amor, mesmo com ela doente.
O narrador faz de tudo para ir atrás da sua amada e enfrenta diversos contratempos. Durante essa travessia, cita seu arrependimento por não ter tido a calma que Carlota recomendara: Pensava então que teria sido mais prudente esperar o dia seguinte e fazer uma viagem breve e rápida, do que sujeitar-me a mil contratempos e mil embaraços, que no fim de contas nada adiantavam.
De barco, se dirigiam à Glória, onde, por ser mais próximo da casa de Carlota, pretendia desembarcar. Porém quando passava diante da Ilha de Villegagnon, se viu diante do paquete inglês que estava a partir. Ele e Carlota deram um longo olhar. O narrador partiria no próximo paquete. Em todos os portos e lugares por onde o narrador passava haveria um bilhete de Carlota, que estava o esperando.
Se encontram enfim. Passam dez dias na Europa; à beira da morte, Carlota pede um beijo e no exato instante em que se beijam, por milagre, a moça se reanima e vive. Passam um ano na Europa, onde casam e montam casa num lugar retirado de Minas, numa provinciazinha.
JUIZ DE PAZ DA ROÇA
A peça passa-se na roça e aborda com humor o jeito particular de ser da gente roceira do Brasil do século XIX, focando as cenas em torno de uma família da roça e do cotidiano de um juiz de paz neste ambiente e explorando uma série de situações em que transbordam a simplicidade e inocência daquelas pessoas.
Na comédia, o juiz de paz é um pequeno corrupto que usa a autoridade e inteligência para lidar (e suportar) com a absurda inocência dos roceiros, que lhe trazem os mais cômicos casos. O escrivão aparece como servo mais próximo do juiz e viabiliza suas ordens; no entanto, não é intencionalmente corrupto e chega a surpreender-se com algumas decisões de seu superior. A família de Manoel João (incluindo o negro Agostinho) mais José da Fonseca formam o núcleo mais importante da peça. Os outros personagens são roceiros que servem para apresentar ao juiz de paz as esdrúxulas situações que ele deve resolver.

JOSÉ MATIAS
Seguindo a temática da degeneração da mulher, bem como a crítica ao comportamento romântico, Eça de Queiroz estabelece no conto José Matias uma linha divisória entre o real palpável e o universo fantasioso de um homem que se vê tomado pelo amor platônico (típico comportamento romântico byroniano).O texto segue uma estrutura de falso diálogo entre o narrador e um seu amigo. Falso diálogo porque o narrador monologa com o seu provável interlocutor no espaço de tempo que corresponde à espera da passagem e o acompanhamento do enterro de José Matias, um homem íntegro, rico e respeitado em Lisboa, que se viu apaixonado pela bela senhora Elisa Miranda, casada com o Conselheiro Matos Miranda (60 anos, diabético). Sempre que possível, José Matias trocava olhares com Elisa através da vidraça da casa daquela que, para ele, era uma deusa intocável, distante e que deveria permanecer assim: intocável e distante que deveria permanecer assim: intocável e distante. Dez anos se passaram sem que a adoração de José Matias o forçasse a tomar uma atitude mais ousada do que uma simples conversa ou troca de olhares desejosos de ambas as partes. O velho Matos, debilitado pela diabetes, morreu com pneumonia. Parecia estar aberto oficialmente o caminho para que Matias se aproximasse de vez daquela que tanto lhe correspondeu aos olhares e conversas graciosas, mas não. Ela praticamente oferecera-se em casamento a ele e foi rejeitada. O homem parecia adorar a alma de Elisa.
Ele mesmo não se permitia mais do que isto. Elisa herdara do ex-marido uma grande soma em dinheiro (dez ou doze contos de renda). José Matias viajou para Porto e os amigos acreditavam ser uma estratégia para que os tempos de luto pesado da viúva passassem para se verificar o desenlace... Em vão pensaram assim. Matias fora para o Porto e de lá não arredara mais o pé para Lisboa. Soube-se através do jornal que Elisa iria casar-se com o Sr. Francisco Torres Nogueira. Casou com Torres Nogueira, que padecia de anasarca [espécie de tumor que se dissemina pelo corpo, levando a vítima à morte], e foram morar na mesma casa da ex-viúva. Matias voltou à sua casa, em Lisboa, de onde podia contemplar a janela de Elisa, e voltou a trocar olhares com a mulher. Torres Nogueira passava a maior parte de seu tempo vindimando em Carcavelos, sua ausência fazia da bela mulher um alvo fácil para os certeiros e correspondidos olhares de Matias. Mais sete anos de adoração se passaram. Soube-se na cidade que Torres Nogueira estava morrendo com uma anasarca. Outra vez Elisa fica viúva. José Matias outra vez desaparece. E agora, afeito à jogatina e à bebida desregrada, vivia uma vida de ostracismo e desencanto – cabelos desgrenhados, roupas descuidadas. Após a morte do segundo marido
Elisa recolheu-se em uma quinta de uma cunhada também viúva em Beja [cidade ao sul de Portugal]. Foi lá que o narrador encontrara, cerca de um ano depois, a bela Elisa numa casa nova, dando comida a um canário.
Ficou sabendo também que ela arranjara um amante, apontador de Obras Públicas: um homem casado com uma espanhola, que após um ano do matrimônio partiu para Sevilha, onde caíra nos braços de um rico criador de gado. Quanto ao José Matias... mudara-se para Beja e passava os dias seguindo o amante de Elisa e as noites fumando e bebendo defronte da janela da casa de sua “deusa” durante os três últimos anos de sua vida, quando fora encontrado, à frente da janela da casa de Elisa com a morte estampada em seus olhos: congestão pulmonar.
ALIENISTA
Simão Bacamarte é o protagonista, médico conceituado em Portugal e na Espanha, decide enveredar-se pelo campo da psiquiatria e inicia um estudo sobre a loucura e seus graus, classificando-os. Se instalou em Itaguaí,onde Funda a Casa Verde, um hospício e abastece-o de cobaias humanas, para as suas pequisas. Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa, etc. Costa, rapaz pródigo que dissipou seus bens em empréstimos infelizes, foi preso por mentecapto. A prima de Costa que intercedeu pelo sobrinho também foi trancafiada. O mesmo acontece com o poeta Martim Brito, amante das metáforas, internado por que se referiu ao Marquês de Pombal como o dragão aspérrimo do Nada. Nem D. Evarista, esposa do Alienista escapou: indecisa entre ir a uma festa com o colar de granada ou o de safira. O boticário, os inocentes aficcionados em enigmas e charadas, todos eram loucos. No começo a vila de Itaguaí aplaudiu a atuação do Alienista, mas os exageros de Simão Bacamarte ocasionaram um motim popular, a rebelião das canjicas, liderados pelo ambicioso barbeiro Porfírio. Porfírio acaba vitorioso, mas em seguida compreende a necessidade da Casa Verde e alia-se a Simão Bacamarte. Há uma intervenção militar e os revoltosos são trancafiados no hospício e o alienista recupera seu prestígio. Entretanto Simão Bacamarte chega á conclusão de que quatro quintos da população internada eram casos a repensar. Inverte o critério de reclusão psiquiátrico e recolhe a minoria: os simples, os leais, os desprendidos e os sinceros. O alienista contudo, imbuído de seu rigor científico percebe que os germes do desequilíbrio prosperam porque já estavam latentes em todos. Analisando bem, Bacamarte verifica que ele próprio é o único sadio e reto. Por isso o sábio internou-se no casarão da Casa Verde, onde morreu dezessete meses depois. Apesar do boato de que ele seria o único louco de Itaguaí, recebeu honras póstumas.
Indiscultivelmente o único demente do conto realista é Simão Bacamarte. Ele é o louco de Itaguaí e quer prender os outros para usa-los como cobaia nas suas experiencias, logo o casarão da Casa Verde se torna um hospício.
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CONTOS AMAZÔNICOS
Em termos de linguagem literária,  cabe observar o brilhantismo com que Inglês de Souza maneja o gênero conto. Em especial aqueles que se situam no terreno da literatura fantástica, como ""Acauã". Neste conto o autor soube elaborar literariamente personagens e situações sobrenaturais extraídas do folclore ou do imaginário popular regional, criando narrativas que, além do final surpreendente, têm um clima denso e assustador.( destaque para Vitória e sua dominação sobre Aninha)
Mas também têm o mesmo impacto os outros contos do livro, que abordam temas ligados à história do Brasil e denunciam o descaso do governo nacional, do Império e da primeira República, com a região amazônica. "O voluntário", por exemplo, revela como eram recrutados "a pau e corda" os "voluntários da pátria" durante a Guerra do Paraguai.Discute-se todo o autoritarismo e repressão representados pelo recrutador Fabricio que leva Pedro como “ voluntário “ ( por livre e espontânea pressão ) para a Guerra do Paraguai.
Destaque também dado a uma reflexão sobre as leis do País , porque Pedro legalmente não poderia ser levado para a Guerra
Finalmente, "Quadrilha de Jaco Patacho" –que - tematiza a revolta da Cabanagem, ocorrida no Pará entre 1835 e 1840, dando ênfase a violência e desvios da essência do movimento , representados por bandos como o de Manuel Saraiva que invade a propriedade de Felix Salvaterra e amedronta Anica, causando ao final uma barbárie , matando todos os homens da casa e levando as mulheres com o grupo de Patacho

MIGUILIM                                           Campo Geral
A narrativa de Campo geral começa quando Miguilim é levado por Tio Terez para ser crismado. O menino tem 8 anos e nunca saiu do Mutum, afora pequenas mudanças que fez quando ainda muito pequeno. Desta viagem, a lembrança mais nítida será de um comentário ouvido sobre a beleza de Mutum. Profundamente impressionado com esta referência, Miguilim não vê a hora de contá-la à mãe, Nhanina, sempre triste de ali viver .
Ao chegar em casa, vai tão aflito procurar a mãe, que acaba desgostando a seu pai e recebe castigo: não o acompanha juntamente com os irmãos na pescaria de domingo. Em contrapartida, aprende a fazer arapuca para pegar passarinho com o Tio Terez.
A rotina da casa inclui os brinquedos de Miguilim com seus irmãos  por ordem de idade, Drelina, Dito, Chica, Tomezinho.  Há também outro irmão, Liovaldo, mais velho que Miguilim, o único que não mora com a família. Na cozinha, a mãe e as empregadas, Rosa, Maria Pretinha e Mãitina, preparam as comidas. Nas cercanias, vivem os diversos cachorros da família. Havia uma cadela, a Pingo-de-Ouro, a que Miguilim era especialmente apegado, mas que foi dada pelo pai a tropeiros de pernoite no Mutum _ _ .
A descoberta de que Nhanina e Tio Terez tinham um caso causa grande confusão. O pai bate na mãe, Miguilim tenta interrompê-lo  e termina sendo castigado _ . Vovó Izidra, sua tia-avó, é quem toma a iniciativa de expulsar Tio Terez de casa, xingando-o de Caim _ _ . Nesta noite, uma grande tempestade faz Dito e Miguilim conversarem sobre o medo da morte. Para acalmar a todos, Vovó Izidra puxa uma reza.
No dia seguinte, Seo Deográcias, entendido de remédios, foi com o filho, Patori, visitá-los. Queria, na verdade, pegar emprestado alguns mantimentos e cobrar um dinheiro, mas aproveita para aconselhar sobre a saúde de Miguilim, que a todos parecia frágil.
Aos poucos, Miguilim começa a cismar que vai morrer. Faz uma promessa a Deus: se ele não morresse nos próximos dias, não morreria mais. Enquanto isso, se compromete a rezar uma novena. Contudo, os dias passam, ele não principia a novena e vai ficando cada vez mais ansioso. Começa então a rever vários momentos e se recorda da habilidade de Dito em se comportar de modo que não desagrade o Pai, da curiosidade que Patori lhe despertou sobre sexo, do aconchego que sentia em criança de ficar nos braços de Mãitina. No derradeiro dia, nem da cama ele quer sair. E até Seo Aristeu, outro curandeiro da região, vir vê-lo, Miguilim não pode acreditar em outra coisa que não fosse a morte chegando. Temia estar tísico, mas Seo Aristeu logo foi explicando no seu jeito alegre de falar que essa doença não dava por aquela parte dos Gerais.
O pai então toma uma decisão: a partir do próximo dia, Miguilim irá levar-lhe comida na roça onde trabalhava. O menino fica muito feliz de se sentir útil _ . Quando foi cumprir a tarefa pela primeira vez, Tio Terez aparece no caminho e pede ao sobrinho um favor: entregar um bilhete a Nhanina   _ . O pedaço de papel no bolso põe Miguilim num grande embate interior: o que seria mais certo fazer? Sem contar o motivo, consulta todos sobre o que é certo ou errado  _ . Como sempre, é com Dito que Miguilim vai se orientar, tentando pedir explicações que o irmão, apesar de menor, parece sempre conhecer.
Depois de uma tarde e de uma noite de dúvidas, Miguilim só resolve em frente ao Tio Terez o que fazer: diz a verdade e devolve o bilhete. O Tio então se dá conta em que horrível posição colocara o sobrinho e se desculpa. Ainda atordoado, Miguilim deixa que os macacos roubem a comida do tabuleiro. O pai se diverte com a história, dando a sensação em Miguilim de ser amado.
Com a chegada de Luisaltino, novo parceiro de trabalho de Nhô Bero, vem a notícia de que Patori assassinou um rapaz e está foragido. Patori acaba morrendo de fome, e Nhô Bero larga tudo para prestar solidariedade a Seo Deográcias, que se desesperava com a perda do filho. Mas o que mais agradou a Miguilim foi que Luisaltino traz consigo um papagaio, o Papaco-o-Paco.
Uma manhã, depois de ter ido espiar uma coruja, Dito pisa num caco de pote e corta o pé _ . O tétano toma conta do menino e, em poucos dias, ele morre _ . Miguilim se desespera e esse intenso sofrimento parece não passar nunca. Mãitina tem uma idéia que o ajuda a enfrentar a dor: juntou roupas e brinquedos de Dito e alguns guardados seus e enterrou tudo no quintal, marcando depois o lugar com pedrinhas lavadas do rio
Para tirá-lo dessa tristeza, Nhô Bero resolve pô-lo para trabalhar: começa a debulhar milho, capinar a horta, buscar cavalo no pasto. Miguilim não acha ruim trabalhar, mas não vê alegria em nada. Para complicar, dias depois chegam Tio Osmundo e o irmão Liovaldo.
O Tio não simpatiza com Miguilim e Liovaldo começa a provocá-lo. Até que Liovaldo faz pequenas maldades com o menino Grivo e Miguilim, indignado, acaba partindo para a briga _ . Nhô Bero fica tão furioso que dá uma sova de correia no menino. Miguilim sente tanto ódio do pai que nem chora: só pensa em crescer e matá-lo. Nhanina, para abrandar a situação, manda Miguilim se hospedar na casa do vaqueiro Saluz por três dias. Na volta, Miguilim não pede a bênção ao pai, que então se vinga, soltando os passarinhos de Miguilim e despedaçando as gaiolas. Miguilim por sua vez extravasa sua raiva, quebrando os próprios brinquedos
Quando o Tio e o irmão vão embora, Miguilim pela primeira vez se alegra com a possibilidade de um dia ser ele a partir. Com esta idéia na cabeça começa a se reanimar, a repassar tudo que aprendera com Dito, mas termina por adoecer, o que desespera Nhô Bero _ . Durante a sua convalescença, uma tragédia se precipita: Nhô Bero descobre que Luisaltino o traía com sua mulher; mata o ajudante e, em seguida, se suicida.
Seo Aristeu tenta animar Miguilim. Nhanina conta sua intenção de casar com Tio Terez, que a esta altura já está de volta. Miguilim, ainda abatido com a doença e com todos os acontecimentos, vê chegar dois homens a cavalo. Um deles logo repara no jeito de Miguilim olhar, com os olhos apertados. O grupo vai para a casa e Miguilim é examinado até que o homem, doutor José Lourenço, do Curvelo, chega a um diagnóstico: vista curta _ . Tira os próprios óculos e empresta ao menino, que nem pode acreditar em tudo que se revelou a sua frente .
O doutor se oferece para levar Miguilim para a cidade: providenciaria os óculos e poria Miguilim para estudar. Miguilim aceita o convite e se prepara para ir embora na manhã seguinte. Mas, antes de partir, pede de novo os óculos. Quer levar consigo uma imagem nítida da família e do Mutum, que, agora ele via, era realmente bonito

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

DICAS PARA A UEPA 3

DICAS SOBRE AS LEITURAS DA UEPA - III FASE




RELAÇÕES ENTRE
AS LEITURAS DA UEPA



O Homem e a sua
perda de valores


 Vidas Secas
Apresenta a marginalização do homem , com o enfoque dado à animalização do ser humano , compondo através de Fabiano e sua família este aspecto degradante
Esta degradação do homem em Vidas Secas é algo motivado não apenas pela seca mas por forças opressoras que são sociais , políticas , históricas ( lembre dos personagens que ilustram metáforas do Estado Novo – o fazendeiro , o fiscal da prefeitura e soldado amarelo )


 Vestido de Noiva

Nelson Rodrigues revela em sua obra também a degradação do homem a partir da hipocrisia e do falso moralismo presente na família de Alaíde . Os mesmos pais que se preocupam com a imagem da casa recém comprada , e que resolvem purgar o pecado da casa queimando roupas que lembrassem o passado do bordel, são os mesmos pais que nada fazem diante do conflito das irmãs e do roubo de namorado e casamento entre Alaíde e Pedro

Temos também o jogo de interesses que conduz a relação entre as pessoas ( Pedro é alvo de interesse das duas irmãs e dos pais , pois é o rapaz que tem o status social , e assim os três – Alaíde , Lúcia e Pedro se integram numa relação hipócrita de afirmação e interesses particulares. Alaíde quer mostrar que pode ter quem quer e assim se afirmar diante da irmã com quem rivaliza sempre, Lúcia tem uma relação cômoda e de interesse social com Pedro e este casa com Alaíde só pra tirar sua virgindade )


Contos de Miguel Torga


Natal


O Homem e a sociedade mostrando a falta de solidariedade diante de Garrinchas, além da postura religiosa do homem questionada por Torga faz pensarmos o quanto o homem moderno está perdendo sua essência


Confissão


O homem moderno ( Reinaldo )que movido por mesquinharias e orgulhos consegue agredir e destruir a vida de alguém ( Bernardo ), premeditando um crime e deixando-o injustamente ser acusado de algo que não fez.


O Lopo


Um trabalhador ( Lopo ) ,que ao ser injustiçado,revida com mais violência e perde a dimensão humana ao matar o semelhante ( Casimiro )


Ironias nas obras

Vestido de Noiva

Começamos a perceber a ironia a partir do título , pois vestido de noiva simboliza a pureza , o romantismo do valor do casamento , e as uniões estabelecidas por Alaíde e Lúcia estão distantes deste conceito
Uma outra ironia interessante , é o conceito do Amo r na obra, pois ironicamente o amor de verdade acontece no bordel quando o rapaz se apaixona por Madame Clessi e isto motiva o crime passional da obra. Nos casamentos não podemos afirmar que o amor conduz as uniões


Vidas Secas

Da mesma forma que é notória a animalização de Fabiano , curioso e irônico é perceber seu orgulho em alguns momentos em ser como um animal. Quando se vê como um boi ou cavalo , vangloria-se de ser sinônimo de força e trabalho.


Natal

Ironias no comportamento dos moradores da cidade de Lourosa ( tendo como referência o status da cidade de ser religiosa e de ser época de Natal. )
Interessante também , ser o Garrinchas o formador do valor de família no texto , logo ele , sempre sozinho em sua jornada de vida ; além da maior riqueza humana neste texto estar depositada em Garrinchas , principalmente quando de suas atitudes finais diante da imagem da Mãe de Deus

O Lopo

O personagem Lopo passa da condição de marginalizado para o papel de marginal quando resolve fazer justiça com as próprias mãos.

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