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quinta-feira, 28 de maio de 2009

O VELHO DA HORTA - UEPA FASE I



“que morrer é acabar
e amor não tem saída"








Análise da obra




Em O Velho da Horta, de 1512, Gil Vicente revela perfeito domínio do diálogo e grande poder de lidar com personagens e ações que se aproximam da comicidade. Utiliza pouco aparato cênico, colocando toda a ação em um mesmo cenário (a horta) e os acontecimentos que se realizam fora da horta são referidos como fatos que vêm de fora. Todos os episódios têm uma única direção: o desfecho, e isso garante a unidade da peça.
O Velho da Horta  é uma peça de enredo, na qual se desenvolve uma ação contínua e encadeada, em torno de um episódio extraído da vida real, ou em torno de uma série  de episódios envolvendo uma personagem central, ou articulando uma ação dramática homogênea e completamente desenvolvida, com um travejamento mais complexo, com começo, meio e fim.
Gil Vicente é um criador de tipos. A linguagem do Velho é um arremedo da poesia palaciana. A linguagem da Moça é zombeteira e se contrapõe à do velho. A obra é uma peça de teatro escrita em versos.
O argumento gira em torno das desventuras de um homem já entrado nos anos e seu frustrado amor por uma jovem que vem à sua horta comprar verduras. Por meio do diálogo entre o velho e a jovem, Gil Vicente capta a crueza de uma situação que oscila entre o ridículo e o ilusório. O Velho apaixonado deixa-se levar por um amor imprudente e obcecado; a Moça, motivo dos sonhos do Velho, é irônica, sarcástica e retribui as declarações de amor com zombarias.
A cena inicial é marcada pela tentativa de conquista e o diálogo se dá entre o lirismo enamorado do Velho e os ditos zombeteiros da Moça. Em seguida, entra em cena uma alcoviteira que oferece seus préstimos profissionais para garantir ao Velho a posse da amada. Mediante promessas de que o êxito está próximo, a mulher extorque toda a riqueza do Velho. Finalmente, entra em cena a Justiça que prende a alcoviteira, mas retira do Velho a esperança de ver realizado tão louco amor. No final, vem a notícia de que a jovem que motivou tão tresloucada paixão casou-se.



Temática


O tema central é o amor tardio, extemporâneo, as conseqüências desastrosas desse amor e o patético e ridículo do assédio de um velho, que se julga irresistível, a uma jovem esperta e prudente.

Personagens

Parvo – criado do Velho com pouca cultura,limitando-se a chamar-lhe às realidades primárias da vida (o comer)  incapaz de compreender grandes dramas.
Alcoviteira – figura pitoresca da baixa sociedade peninsular astuciosa e mistificadora,cuja moral independe de todas as leis da sensibilidade.
Alcaide – antigo oficial de Justiça.
Beleguins – agentes de polícia.
Mocinha – personagem que vai até a horta comprar.
Mulher – espera do Velho.
Velho – idoso, proprietário de uma horta, apaixona-se subitamente por uma jovem compradora.
Moça – rapariga com certa experiência, já balzaquiana, com resposta ao pé da letra, confiante em si mesmo, disposta a zombar de um velho inofensivo,sem quebra da sua dignidade pessoal.
Observamos no enredo a seqüência magistral de estados de espírito com que a moça acata ou reage aos galanteios do velho.


Enredo


A ação se inicia quando a Moça vai à horta do Velho buscar hortaliças, e este se apaixona perdidamente por ela. No diálogo entre ambos estabelecem-se dois planos de linguagem: a linguagem galanteadora do Velho, estereotipada, repleta de lugares-comuns da poesia palaciana do Cancioneiro Geral, cujo artificialismo Gil Vicente parodia ironicamente, e a linguagem zombeteira e às vezes mordaz da Moça que não se deixa enganar pelas palavras encantadoras do pretendente e não se sente atraída nem por ele , nem por sua fortuna, nem por sua "lábia" cortesã. São duas visões opostas da realidade: a visão idealizadora do Velho apaixonado e a visão realista da Moça.
Uma alcoviteira, Branca Gil, promete ao Velho a posse da jovem amada e, com isso, vai extorquindo todo seu dinheiro. Na cena final, o Velho, desenganado, só, e reduzido à pobreza, pois gastara tudo o que tinha, deixando ao desamparo suas quatro filhas, reconhece o seu engano e se arrepende.

A Alcoviteira é açoitada, e a Moça casa-se honestamente com um belo rapaz. A introdução ao texto da peça esclarece que a farsa foi encenada em 1512, na presença de D. Manuel I, rei de Portugal.

10 comentários:

  1. Muito bom prof,tenho certeza q esse seu resumo sobre O Velho da Horta vai me ajudar bastante.OBRIGADA...BJÃO♥♥♥

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  2. prof adorei seu blog é muito interessante..

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  3. Teu blog é show,parabéns......

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  4. amei professor o seu resumo o velho da horta.andréa

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  5. resumo esclarecedor professor, como eu sinto falta das suas aulas *-* o melhor professor de literatura com certeza :D

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  6. muito bom seu posicionamento em relaçao á obra..

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  7. profº, gostei de seu resumo mesmo..
    abraços!!! e obrigado ..

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  8. mtu obrigaduuu esse resumo irá me ajudar mtu!!!
    to estudando mtu :-)****

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  9. parabéns pelo resumo *--*
    vai me ajudar bastante!
    valeu mesmo.

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