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sábado, 2 de outubro de 2010

UFRA - INES DE CASTRO

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D. Inês de Castro (Galiza, 1320 ou 1325 - Coimbra, 7 de Janeiro de 1355) foi uma nobre galega que foi amada pelo futuro rei D. Pedro I de Portugal, de quem teve quatro filhos. Foi executada às ordens do pai deste, o Rei D. Afonso IV.

Romance com D. Pedro

D. Inês de Castro era filha natural de D. Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei D. Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de D. Sancho IV de Castela, era um dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela.
Em 24 de Agosto de 1339 teve lugar o casamento do príncipe D. Pedro, herdeiro do trono português, com D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela, príncipe de Vilhena e Escalona, duque de Peñafiel, tutor de Afonso XI de Castela, «poderoso e esforçado magnate de Castela»,[1] e neto do rei Fernando III de Castela. Mas seria uma das aias de Constança, D. Inês de Castro, por quem D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e mal aceite na corte e pelo próprio povo.


D. Pedro I de Portugal, cognominado o Cruel, o Cru, o Vingativo e o Justiceiro devido à sua atuação contra os assassinos de D. Inês
Sob o pretexto da política e da moralidade, D. Afonso IV não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela, mas também devido à amizade íntima de D. Pedro com os irmãos de D. Inês - D. Fernando de Castro e D. Álvaro Pirez de Castro. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. Assim, em 1344 o rei mandou exilar D. Inês no castelo de Alburquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre D. Pedro e D. Inês que, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com freqüência.
Em Outubro do ano seguinte D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro mandou D, Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos em sua casa, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o Rei e o Infante.
D. Afonso IV tentou remediar a situação casando novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou este projeto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher D. Constança e que não conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento destes veio agudizar a situação: durante o reinado de D. Dinis, D. Afonso IV sentira-se em risco de ser preterido na sucessão ao trono devido aos filhos bastardos do seu pai. Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para os filhos de D. Inês de Castro.
Entretanto, o reino de Castela encontrava-se em grave agitação com a morte de D. Afonso XI e a impopularidade do reinado de D. Pedro I de Castela, cognominado o Cruel. Os irmãos de D. Inês sugeriram a D. Pedro que juntasse os reinos de Leão e Castela a Portugal, uma vez que o príncipe português era, por parte da sua mãe, neto de D. Sancho IV de Castela. Em 1354 convenceram-no a pôr-se à frente da conjuração, na qual D. Pedro se proclamou pretendente às coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção enérgica de D. Afonso IV de Portugal que evitou que tal sucedesse. O rei mantinha uma linha de neutralidade, abstendo-se de intervir na política de outras nações, o que lhe permitia paz e respeito com os reinos vizinhos.

Assassinato de D. Inês

Súplica de Inês de Castro
Depois de alguns anos no Norte de Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa Isabel, foi neste Paço que esta Rainha vivera os últimos anos, deixando expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de Reis e Príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas.
Havia boatos de que o Príncipe tinha se casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade o Rei ordenou dois conselheiros seus dizerem a D. Pedro que ele podia se casar livremente com D. Inês se assim o pretendesse. D. Pedro percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se com D. Inês.
A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de d. Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem D. Inês de Castro em Santa Clara. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.
A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. Após meses de conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir para selar a paz em Agosto de 1355.

Rainha póstuma

A popular lenda da cerimônia do beija mão na coroação de Inês de Castro em rótulo de cigarro

D. Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal como D. Pedro I em 1357. Em Junho de 1360 fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, «em dia que não se lembrava». As palavras do Rei e do seu capelão foram as únicas provas desse casamento.
De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém (segundo a lenda o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e posteriormente seria perdoado pelo Rei no seu leito de morte.
A tétrica cerimônia da coroação e do beija mão à rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte e que tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá provavelmente sido inserida nas narrativas do final do século XVI, depois da popularização do episódio d`Os Lusíadas. D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde transladou o corpo da sua amada Inês. Juntar-se-ia a ela em 1367 e os restos de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo a lenda «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final».

Descendência

Da relação de D. Inês com o infante D. Pedro de Portugal nasceram:

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